Foto: Victoria Debortoli (Diário)
O suspeito de ter assassinado Denisson Rodrigues da Silva, 24 anos (foto ao lado), na manhã do dia 5 deste mês, em frente a uma boate no Centro de Santa Maria, se apresentou na Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP). Por volta das 14h, o jovem, que tem 25 anos (o nome dele não foi divulgado pela polícia), prestou depoimento ao delegado Gabriel Zanella, responsável pela DPHPP e pelas investigações do caso. Segundo o delegado, ele confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa.
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Conforme as investigações, Denisson foi morto a facadas por volta das 6h no meio da Rua Doutor Bozano, após uma discussão entre a vítima e o autor. Após ter sido golpeado, o jovem tentou correr para pedir socorro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu próximo à esquina da Rua Serafim Valandro. A versão é confirmada pelo advogado do suspeito, Pedro Barcellos.
- Meu cliente estava com mais três amigos - um deles usando muletas - e, quando saíram da festa, deram uma volta de carro e foram comer, na praça em frente à boate. A vítima já estava no local, discutindo com outras pessoas. Uma discussão entre este rapaz (Denisson) e um dos amigos do meu cliente teve início. Este rapaz que morreu acabou avançando nos outros rapazes. Meu cliente pediu para que ele parasse e fosse embora, mas ele avançou contra o meu cliente também. Um dos amigos do meu cliente estava com uma faca, justamente pensando que algo pudesse acontecer, como, de fato, acabou acontecendo. Meu cliente tentou intimidar a vítima que, novamente, partiu para cima dele. Ele (a vítima) acabou sendo derrubado e golpeado - comentou o advogado.
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Barcellos relata que imagens de câmeras de monitorando que ficam próximas do local onde o crime aconteceu teriam sido mostradas na delegacia, durante o depoimento do suspeito. Segundo o advogado, os vídeos, que não foram disponibilizados à reportagem, comprovariam que o jovem agiu para defender a si mesmo e os amigos.
Logo após o depoimento, o jovem foi liberado e deve responder ao caso em liberdade. Outras pessoas devem ser ouvidas pela Polícia Civil, que continua a investigando o crime.